Você é o que você bebe.

A água é absolutamente essencial para a vida. Ela, e isto pode até surpreender, é atualmente nosso ali­mento mais vital e também o mais negligenciado. Já foi dito que, juntamente com o oxigênio, a água é o mais importante alimento da vida. Possivelmente por não possuir nenhuma caloria, ela nunca, ou muito rara­mente, aparece nos quadros e tabelas apresentando os requisitos alimentares básicos, não obstante, morrería­mos mais depressa sem água do que sem alimento.

Nossas entranhas são um verdadeiro mar interior, por mais sólida que uma pessoa possa aparecer, o corpo hu­mano é composto por dois terços de água - de 55% a 65% para as mulheres, e de 65% a 75% para os homens. Esta diferença é devida à gordura, presente em maior proporção no corpo feminino, e que retém menos água que os tecidos magros Nos recém-nascidos, indepen­dentemente do sexo, o percentual de água eleva-se a 85%.

Todas as células vivas do nosso corpo dependem da água para poder desenvolverem suas funções essenciais. Através do sangue e do sistema linfático, a água trans­porta elementos nutritivos e oxigênio para as células e retira detritos residuais. O corpo elimina este resíduo do metabolismo por meio da água, da transpiração e da urina; além do que, a água é indispensável no processo digestivo e na absorção de alimentos pelo aparelho gas­tro-intestinal, bem como na eliminação dos resíduos di­gestivos

A água lubrifica as juntas de nosso corpo e impede a a­derência dos tecidos, uns aos outros, funcionando como uma almofada protetora para os nossos tecidos e, mais especificamente, para os fetos durante o período de gestação. É a água que regula a temperatura do nosso corpo e na sua eliminação pela transpiração resfria-se, impedindo a elevação da temperatura interna.

No total, o corpo de um adulto de estrutura média con­tém cerca de 40 a 50 litros de água, sendo que 50% deste total se localiza nas células internas. O percentual de água varia em função da natureza dos tecidos: sangue 83%, músculos 75%, cérebro 73% e ossos 22% A água, dentro ou fora de nossas células, contém uma variedade de sais dissolvidos que regulam sua própria distribuição. Se a concentração de sais for maior fora das células que dentro delas, a água contida nelas terá de sair. Este fenômeno é facilmente perceptível quando se coloca um pouco de sal sobre umas folhas de alface ou fatias de pepino, porque ao absorver a água existente nos ve­getais, eles irão murchar. Por isso é muito importante balancear corretamente nossas injeções de água e sais Nosso corpo tem água em demasia, o excesso será elimi­nado pelos rins. Em contra partida, quando houver a falta de líquido, os rins reterão a água, porém por menor que seja a quantidade de água ingerida, os rins funciona­rão e expelirão diariamente um determinado volume de líquido (entre 280 a 500 ml), para poder eliminar certos resíduos do próprio metabolismo.

Assim, nem os rins nem as células poderão funcionar adequadamente se não bebermos o suficiente Poderemos sobreviver durante muito tempo sem nos alimentarmos, mas após dois ou três dias sem água, a morte será iminente. Com a simples perda pelo corpo de 5% de água a pele ficará encarquilhada e os músculos débeis. Um problema comum em nosso país é a desidratação que ocorre quando a absorção de água não é suficiente para compensar a quantidade perdida. Esta perda é normal­mente causada por mau funcionamento dos rins, perda de grande quantidade de sangue, por acessos repetidos de vômito ou diarréias, por febre alta, esforço físico vio­lento, ou simplesmente por vivermos num clima quente e seco, sem a necessária ingestão de água, para substi­tuir o volume perdido pela transpiração. Uma perda de 15% a 20% da água do corpo é fatal.

Quando está necessitando de mais água, nosso corpo emite um aviso muito conhecido: a sede. Este sinal de alerta envolve pelo menos dois mecanismos distintos. Quando o sangue torna-se demasiadamente salgado, as glândulas salivares são acionadas para secretarem água. Conseqüentemente haverá um ressecamento da boca, que nos fará sentir a necessidade de beber alguma coisa.

Este excesso de sal no sangue também emitirá sinais ao cérebro para avisá-Io da necessidade de mais água. Mas a sede é um sinal imperfeito que provavelmente desaparecerá antes de termos bebido o suficiente; as­sim sendo, é sempre bom para todos nós - e mais ainda para as pessoas fisicamente ativas - continuar bebendo mesmo depois da sede ter sido saciada. Lembremo-nos que água em excesso não fará mal nenhum, uma vez que o organismo humano simplesmente eliminará tudo que não precise.

Os líquidos são retidos principalmente nos compar­timentos intracelulares, mas, o que causa essa retenção? O sal é uma das razões conhecidas, ou mais especificamente, o sódio. A presença de sódio no corpo não pode ultrapassar determinado nível de concentração, assim, ela deve reter quantidade suficien­te de água para poder manter um certo valor de diluição Havendo quantidade excessiva de sódio, o corpo terá de reter mais líquido, conseqüentemente ao ingerirmos nesta hora uma água pura, sem sódio, propiciaremos a eliminação desse excesso. Esta ação reguladora é efe­tuada mediante intervenção de várias e complicadas funções hormonais e renais, ativadas para esta finali­dade. Na realidade, devemos beber mais água pura para eliminar o excesso de água.

Existem outras razões para retenção de líquido, que po­dem ocorrer em várias circunstâncias e que impedem a ingestão de mais água ou sódio. Uma delas, por exem­plo, decorre de um problema organo-mecânico chamado débito cardíaco - a dificuldade do coração em manter o ritmo de transporte do sangue. Neste caso, o volume de fluido sanguíneo que retorna ao coração aumenta, o que provoca aumento da pressão intravenosa e pelo inchamento dos pés e tornozelos. Com a deficiência do coração em fazer circular a quantidade adequada de flu­ido dentro de todos os vasos do corpo, ou seja, quando há menos sangue sendo bombeado para as artérias e órgãos vitais, entra em ação uma substância chamada catacholamina, que por sua vez provoca a retenção de sódio pelos rins, que é como se tivesse sido ingerido maior quantidade dele. Concomitantemente, outras substâncias produzidas pelos rins, como corticóides, por exemplo, vão ativar mecanismos similares aumentando o problema da retenção de líquido. Este sistema complexo e delicado de aumento/eliminação de água e sódio visa manter em nível adequado a capacidade cardíaca

Os desequilíbrios hormonais podem também afetar a retenção de líquido como pode ser notado nos dias que antecedem a menstruação (retenção de líquido pré-­menstrual), bem como utilização de pílulas anticoncep­cionais.

Até mesmo tensões emocionais podem causar desequilí­brio hormonal e provocar elevação no nível de reten­ção de líquido. Finalmente, o mesmo problema pode ser gerado por outras causas tais como: determinados re­médios, varizes, trombo flebites, etc.

Devemos observar também que o fato de restringir a ingestão de água pode ser responsável por um acrésci­mo de depósito de gordura. Assim sendo, é errado uma pessoa obesa ingerir pouca quanti­dade de água.

Um adulto normal, em mé­dia consome e elimina cerca de 2,5 a 4 litros de água por dia. Para as pessoas que vi­vem em lugares muito quentes ou que desenvolvem atividade física ex­tenuante, esta quan­tidade pode ultrapassar os 4 litros. Algumas pessoas poderão dizer: Eu não bebo dez copos de líquido por dia. Não, realmente não, embora isto não faça nenhum mal, somente cinco ou seis copos são consumidos diariamente na forma de líquido. Em sua maior parte, o restante provém dos alimentos sólidos que comemos e uma outra parte é derivada do próprio processo do nosso metabolismo interno. Quem consome muita fruta está, provavelmente, consumindo muito mais água do que pensa, já que elas são compostas de mais de 80% de água.

Pode ser bastante delicado e complicado tentar definir se estamos bebendo água suficiente para satisfazer as necessidades de nosso corpo. Por medida de segurança é uma boa idéia em circunstâncias normais beber no mínimo seis - de preferência oito - copos de líquido por dia. Melhor ainda se for água pura. Quanto mais fisicamente ativa for a pessoa, seja no trabalho ou no esporte, e quanto mais quente o clima, maior será sua necessidade de líquido.

A água passa através de nossos tecidos, preenche os vãos intercelulares, as cavidades ósseas e percorre to­das nossas artérias e veias. A cada ano circula por nosso corpo quase uma tonelada de água. A cada 15 dias a água existente em nosso corpo tem de ser renovada, e a metade deste novo suprimento é feito de maneira mais óbvia: simplesmente bebendo água.

Em vista disto, torna-se evidente que a pureza e a quali­dade da água que bebemos são Fatores vitais para o bom equilíbrio das Funções orgânicas e de nosso bem estar. A água é a chave de todas essas funções; as pessoas são realmente o que elas bebem!

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